sábado, 26 de setembro de 2015

Vice-Prefeito participa do 5º Seminário de Educação

Educadores iniciam debate sobre Base Nacional Comum para a educação básica




A Prefeitura de Angra, por meio do Conselho Municipal de Educação, realizou na terça-feira, 22, no Iate Clube Aquidabã, o 5º Seminário de Educação Infantil, com o tema "Buscando a equidade na oferta". O seminário se deu em atendimento ao Plano Nacional de Educação e em conformidade com as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica.
O encontro, que reuniu mais de 150 pessoas, teve o objetivo de oferecer um momento de formação continuada aos gestores das instituições educacionais públicas e privadas que atuam com a educação infantil, a fim de contribuir com a qualidade do trabalho a partir de reflexões sobre o currículo frente às diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil e instituição da Base Nacional Comum (BNC).
O objetivo da Base Nacional Comum (BNC) é assegurar que todo estudante brasileiro, em todas as regiões do país, tenha garantido o acesso à aprendizagem de conhecimentos fundamentais, promovendo equidade e maior coerência em todo o sistema educacional ao longo da Educação Básica. A proposta é de que 60% do trabalhado que tem que ser realizado nas unidades escolares seja padronizado, para garantir que todos tenham acesso ao mesmo tipo de conhecimento e conteúdo. Já os outros 40% seriam construídos a partir das regionalidades, de forma que cada município e cada escola possa trabalhar suas especificidades culturais e tradicionais, levando  isso para o currículo também.
Participaram dos debates a coordenadora do curso de Pedagogia da Universidade Federal Fluminense, Zoia Prestes, e da professora do programa de pós-graduação da Universidade do Rio de Janeiro (Unirio), Maria Luíza Sussekind, que também é vice-diretora do GT de currículo da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped) e Membro do Comitê de Conferências da Associação Internacional de Estudos Avançados em Currículo. A presidente do Conselho Municipal de Educação, Glauciane Soares Basílio, acredita que a discussão sobre currículo é necessária, mas sinaliza que os municípios precisam lançar mão dessa parte que cabe de autonomia a eles e fazer essa discussão local, trazendo o ensino para sua realidade. Angra, por exemplo, possui uma extensa diversidade cultural como, indígenas, quilombolas, caiçaras e ciganos, o que torna essa situação atípica.
- A ideia é que consigamos, em um país como o nosso, extenso e com uma diversidade enorme, garantir um padrão mínimo comum de assuntos e de questões que devam ser tratadas dentro da escola, de norte ao sul do país, fazendo com que todas as crianças tenham acesso aos mesmos conhecimentos. Acho válida essa discussão, mas precisamos trazer para a nossa realidade e pensar como essa construção da Base Nacional vai acontecer em Angra, com toda essa diversidade cultural. É fundamental participarmos dessa discussão nacional, mas devemos também fazer uma discussão interna, pois a nossa situação é muito atípica. Então pensar na educação nesse momento, é pensar nessa singularidade, que deverá atender a cada um – acredita Glauciane.
Para a construção de uma melhor Base possível, será necessária a participação da sociedade em geral e das várias comunidades de pesquisadores e docentes, que queiram se pronunciar sobre qual é a melhor formação dos jovens. É importante que todos participem da formação dessa nova proposta, lendo, criticando, comentando, sugerindo e propondo novas ideias para a construção do futuro do País. O vice-prefeito Leandro Silva, destacou a contribuição de um evento como este na formação continuada do educador e reafirma a proposta do Poder Público, que é investir cada vez mais para a qualidade do ensino público em Angra.
- O Brasil passa por uma transformação constante na área educacional e isso é muito claro. A discussão da Base Nacional Comum prevê mudanças na sala de aula e a Prefeitura abre este debate, junto com os professores, para que eles possam entender melhor a formatação desse plano e também participar trazendo novas ideias. O fato é que a educação continuada contribui muito para a melhor qualidade de educação na sala de aula e é isso que nos motiva – afirma Leandro.