A prefeita colocou em discussão as medidas que devem ser tomadas urgentemente para amenizar o sofrimento da população. Para isso, cobrou que a empresa estadual se una à autarquia municipal para juntas traçarem as melhores estratégias.
— Essa parceria me deixa satisfeito. Estamos assumindo o compromisso de readequar o sistema operacional conforme a necessidade, para tentar melhorar o atendimento à população — garante o coordenador Mauro Coutinho.
A prefeita apresentou dados de que neste final de ano a cidade foi visitada por cerca de 600 mil pessoas. Ela afirmou entender que, como em todo o estado, a falta de água foi recorrente, mas pediu empenho do Saae e da Cedae, já que o carnaval se aproxima.
— Neste ano, Angra recebeu um número enorme de visitantes e, neste verão, com este calor excessivo, já estou preocupada com o Carnaval. Precisamos de chuva, mas enquanto isso não acontece temos de tomar outras medidas — disse Conceição.
O vice-prefeito Leandro Silva também cobrou que a Cedae limite o acesso à barragem da Banqueta, que pertence a empresa, pois o local está sendo usado pela população como área de lazer.
— É preocupante ver as pessoas fazendo o local de piscinão e se expondo ao perigo, já que o local não é apropriado para esse fim. Estamos exigindo que a empresa coloque uma cerca ou muro de proteção para evitar uma tragédia — afirmou Leandro Silva.
O presidente do Saae, Mário Márcio, marcou para o mesmo dia, na parte da tarde, uma reunião de trabalho com o coordenador Mauro Coutinho, em que foram fechadas algumas estratégias como, por exemplo, horários de manobras, abastecimento e distribuição para os locais mais críticos da cidade, como o Centro e Japuíba, e nos locais onde o Saae depende do fornecimento da água da Cedae para fazer a distribuição.
Outro ponto muito discutido foi a necessidade de uma grande campanha de conscientização da população sobre o uso da água com responsabilidade.
— Nós estamos empenhados em melhorar todos os pontos de distribuição, mas precisamos que a população faça a sua parte, pois não adianta usarmos todas as estratégias se a água for mal utilizada ou desperdiçada — alerta Mario Marcio.