quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Planejamento Familiar no Frade

A Secretaria Municipal de Saúde de Angra dos Reis, por meio da Atenção Básica, iniciou na terça-feira, 13, o processo de descentralização do Programa Planejamento Familiar.

De acordo com Simone Ribas, antes o serviço era oferecido somente no Centro, e os participantes tinham que percorrer grandes distâncias para assistir às reuniões.

— Quem mora em bairros distantes do Centro tinha de percorrer uma grande distância, para que pudesse participar das reuniões do Programa Planejamento Familiar. Começamos na última terça-feira a descentralização, para que os interessados possam participar em grande número — destacou.

Outros distritos de Angra deverão receber o programa em breve. No bairro do Frade a primeira reunião foi realizada na Escola Municipal Salomão Reseck.


PLANEJAMENTO FAMILIAR

 Assegurado pela Constituição Federal e também pela Lei n° 9.263, de 1996, o planejamento familiar é um conjunto de ações que auxiliam as pessoas que pretendem ter filhos e também quem prefere adiar o crescimento da família.

Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), os programas de planejamento familiar foram responsáveis pela diminuição de um terço da fecundidade mundial, entre os anos de 1972 e 1994.

 A Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que 120 milhões de mulheres no mundo desejam evitar a gravidez. Apesar disso, nem elas nem seus parceiros usam métodos contraceptivos.

 No Brasil, a Política Nacional de Planejamento Familiar foi criada em 2007.  Ela inclui oferta de oito métodos contraceptivos gratuitos e também a venda de anticoncepcionais a preços reduzidos na rede Farmácia Popular.

 Toda mulher em idade fértil (de 10 a 49 anos de idade) tem acesso aos anticoncepcionais nas Unidades Básicas de Saúde, mas em muitos casos precisa comparecer a uma consulta prévia com profissionais de saúde. A escolha da metodologia mais adequada deverá ser feita pela paciente, após entender os prós e contras de cada um dos métodos.

 Controlar a fertilidade é o primeiro passo para planejar o momento mais adequado para ter filhos. A Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS), feita em 2006, financiada pelo Ministério da Saúde, revelou que 46% das gravidezes não são planejadas.

A PNDS mostrou também que 80% das mulheres usam algum método para evitar a gravidez. A pílula anticoncepcional e o dispositivo intrauterino (DIU) são os mais usados pelas brasileiras.

Graças à política de distribuição de meios anticonceptivos, houve diminuição no número de gravidezes indesejadas. Esse fator pode ter contribuído para a queda nos índices de abortos inseguros e, consequentemente, na mortalidade materna, indica estudo do Ministério da Saúde.

 A ampliação do acesso aos métodos contraceptivos na rede pública e nas drogarias conveniadas do programa “Aqui Tem Farmácia Popular” trouxe outro resultado positivo: a incidência de gravidez na adolescência (de 10 a 19 anos de idade) diminuiu 20% entre 2003 e 2009.