Foram avaliadas também a estrutura geológica e identificados os mecanismos de ruptura; o grau de intemperismo e de alteração das rochas, para avaliar a suscetibilidade de queda de blocos e lascas de rocha, e, por isso, o risco aos motoristas.
De acordo com a Defesa Civil angrense, a estrutura geológica identificada nos túneis é marcada por deformações e fraturas, além de um processo natural de envelhecimento em evolução, o que torna possíveis as quedas de blocos e lascas de rocha.
A primeira vistoria nos túneis identificou ainda danos estruturais nos acessos do segundo túnel e na parede e teto do terceiro. Na segunda vistoria, com auxílio de um caminhão elevador, foram analisadoa ainda o costão rochoso no alto do terceiro túnel. Os blocos de rocha foram medidos e identificados para que as informações constem no laudo.
— Neste terceiro túnel, em especial, há trechos de rocha em decomposição com grau de alteração variando de médio a completamente alterado, o que compromete a estabilidade da parede — avaliou o engenheiro Pedro França.
Para o secretário especial de Defesa Civil, Marco Oliveira, a Prefeitura de Angra buscará a reforma dos túneis junto ao DER/RJ e as equipes da Defesa Civil auxiliarão para reduzir os riscos.
— A Defesa Civil atua na prevenção. Ao identificarmos o risco, analisamos e encaminhamos as sugestões ao órgão responsável pelas providências. Neste caso, cabe ao Governo do Estado tomar as medidas cabíveis, pois os túneis são de responsabilidade estadual — finalizou Marco Oliveira.