quinta-feira, 4 de julho de 2013

Combate ao mau cheiro produzido pelo pescado


Visando eliminar o problema do mau cheiro no entorno do Mercado do Peixe, a Secretaria de Pesca e Aquicultura da Prefeitura de Angra adotou uma iniciativa inovadora. Desde o mês passado, o local vem recebendo um produto que visa dar fim ao mau odor e sanear o local. Trata-se de um desinfetante biológico, produto considerado eficaz, moderno e ecologicamente correto.
O material tem um prazo de 30 a 60 dias para fazer efeito, mas os resultados já vêm sendo sentidos pelos trabalhadores do local.

– As pessoas têm comentado que o mau cheiro está diminuindo. Existia muita reclamação da redondeza em relação ao odor do local. Por isso tomamos essa iniciativa – afirma o secretário de Pesca, Júlio Magno.
O serviço contratado é o mesmo realizado no pavilhão de pescado do Ceasa, no Rio de Janeiro. O produto utilizado, chamado de Bio Mix, da empresa Bio-Ambiental, é feito de bactérias desidratadas e armazenadas em farelo de trigo e micronutrientes. Essas bactérias, quando em contato com a água, se desenvolvem e ingerem gordura e esgoto, digerindo e eliminando resíduos como o material orgânico sedimentado, que são, principalmente, os restos do pescado, maiores causadores do odor desagradável. Essas bactérias morrem pouco tempo depois, sem causar impactos ambientais.

– São as chamadas “bactérias do bem”, parecidas com aquelas que existem no iogurte. O mau cheiro é apenas uma sinalização de que a área está contaminada. O produto não elimina apenas o mau cheiro, mas faz uma desinfecção geral no ambiente para prevenir patologias contaminantes, deixando o ambiente mais saudável –explica Marcelo Saramago Quinet –representante da empresa responsável.

Em Angra, o produto também é utilizado pelo hotel Meliá. A rede Burger King, o Carrefour e vários serviços de água e esgoto de municípios se utilizam do material. Em São Paulo, uma lei municipal determina que o saneamento de feiras livres que comercializam aves e pescado seja feito por meio do mesmo sistema biotecnológico. Quinet fala sobre as vantagens do produto em relação a outros.
– O material é 100% natural. O cloro, por exemplo, é um veneno, nocivo para o aplicador e também para a natureza. Os desinfetantes comuns perfumam o ambiente, mas não saneiam, por isso não resolvem o problema –compara.

A aplicação é feita três vezes por semana por funcionários da Secretaria de Pesca que receberam treinamento. O material é usado nos ralos do Mercado do Peixe, do quiosque (Osten Bar) e da praça Zumbi dos Palmares. Além do produto, diariamente também vem sendo utilizado um pulverizador dentro do Mercado do Peixe. O produto é um biopolímero encapsulador de mau cheiro e é mais uma solução de biotecnologia para a limpeza do ambiente.