Desde abril deste ano, três mergulhadores da Defesa Civil de Angra dos Reis estão recuperando o Cais da Lapa, que foi interditado parcialmente em 28 de fevereiro. Em alguns pontos, existem buracos, que haviam sido isolados a época, e são justamente essas fendas é que estão sendo fechadas, mas debaixo d’água. Faltam somente 30% da área para finalizar e mais dois meses de obra.
O local serve de passagem para quem vai e chega da Ilha Grande utilizando o serviço de Barcas. Na época da interdição, o secretário especial de Defesa Civil e Trânsito, Marco Oliveira, com o respaldo da equipe de engenharia, resolveu interditar somente o local que estava oferecendo risco e não todo o cais.
— Além de preservarmos a vida de quem passa por aqui também temos que nos preocupar com os trabalhadores do local, que usam o espaço para seu sustento, como os pescadores, com os viajantes, que vão e voltam do Abraão — explicou Marco Oliveira.
O muro de enrocamento feito na década de 30 corre o risco de ceder, por diversos problemas. A drenagem está danificada, vários pontos estão afundando (por isso é visível as grandes poças d’água no local), e, com a oscilação da maré, a água retira o material fino, como areia, provocando o que a equipe chama de “fuga de material”. Por isso, os mergulhadores da Defesa Civil estão tampando essas fendam com a técnica de tamponamento. A obra está sendo feita sem custo algum.
— É um bem de uso público. Não podemos deixar essas pessoas sem esse acesso. É dever do poder público servir à população. E é isso que estamos fazendo aqui — disse Oliveira.
