terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Final de semana com teatro no Abraão

A Fundação de Cultura do Angra dos Reis (Cultuar), em parceria com o Grupo Coletivo Nopok, do Rio de Janeiro, realiza neste final de semana três apresentações gratuitas, sendo duas  na praça da Matriz da Vila do Abraão, na Ilha Grande, e uma na praça do Porto, no Centro da cidade, sempre às 20h.

O espetáculo circense foi apresentado em Angra em novembro passado durante o XVII Festival de Teatro de Rua, realizado pelo grupo teatral Cutucurim, com apoio da Eletrobras Eletronuclear e Cultuar.

A diretora do Teatro Municipal, Márcia Brasil, espera repetir o sucesso das apresentações.

— Esse espetáculo é maravilhoso e a interação dos atores com o público durante todo o espetáculo é o diferencial do grupo — disse Márcia.

Com diferentes histórias e bagagens artísticas, os integrantes do Coletivo Nopok se uniram para desenvolver diferentes projetos com o circo em comum. O ponto de partida foi a criação de "Ol perico de Ravel", espetáculo cômico de circo, fruto das primeiras experimentações do Coletivo, que aconteceram ao longo do ano de 2007.

Desde 2009 com o espetáculo “No Pocket – um espetáculo para todos os bolsos”, o grupo participou de diversos festivais e realizou importantes projetos de circulação.

Com o número “Xisto e Tiesto - em Ritmo de Festa”, foi 1º e 3º lugar da Mostra Competitiva de Circo do FIL - Festival Internacional de Intercâmbio de Linguagens, em 2009 e 2011; 2º lugar na Mostra Competitiva do III Malabares Rio, em 2010; e 1º Lugar na Mostra Competitiva de Malabarismo no Festival Mundial de Circo de Belo Horizonte, em 2011.

Em agosto de 2013 estreou o espetáculo “Deslizes”, montagem realizada através do FATE 2012 – SMC/RJ, e atualmente se encontra em processo de criação do espetáculo “Vende-se coisas velhasdepalhaço”.

O ESPETÁCULO

“No Pocket - um espetáculo para todos os bolsos”, é um espetáculo de circo que utiliza as “charlas” clássicas, a música, a dança e a comédia física na criação de “gags” e cenas cômicas. O espetáculo é uma sucessão de números que exploram o virtuosismo técnico acompanhado por música ao vivo. O fio condutor da dramaturgia é a relação direta dos artistas com o público, sendo este um importante elemento no jogo estabelecido.

“No Pocket” foi concebido não para ser fechado e sim para se moldar a cada apresentação, sendo aberto ao improviso. A relação intensa com a plateia fornece vida ao espetáculo, o público torna-se mais um “ator” em cena, exigindo que os artistas estejam atentos e disponíveis para todo tipo situação. A construção do espetáculo acontece a cada apresentação, o que constitui um processo contínuo de amadurecimento do mesmo.
Nessa construção entram em cena referências da cultura popular atual misturadas às cenas clássicas do circo. O afeto despertado pelo reconhecimento de um produto da indústria cultural atual convive com um tipo de afeto que remete às reminiscências de outros tempos mais antigos, os tempos em que as pessoas se reuniam nas praças para assistir aos artistas de rua com seus números clássicos.