A cerimônia, que acontece anualmente, foi emocionante. Uma coroa de flores foi jogada ao mar para homenagear os que pereceram naquela tragédia. O naufrágio aconteceu no dia 21 de janeiro de 1906, às 22h45. Naquela noite morreram 113 homens, angrenses e oficiais do mais alto escalão da Marinha, que vieram a Angra pesquisar sobre a área para a instalação do Arsenal de Marinha, na Baía de Jacuecanga. O navio estava vindo com mais duas embarcações: Cruzador Barroso e o Cruzador Tamandaré. O Aquidabã naufragou por causa de uma explosão, de explicação desconhecida, partindo o navio ao meio. Hoje ele repousa a uma profundidade entre 8 e 18 metros, na Ponta Leste, em frente ao Monumento Aquidabã, erguido para homenagear os homens que morreram.
A prefeita falou da importância de relembrar a história.
- Não podia deixar de prestigiar esse momento, pois esse resgate histórico faz parte da história da nossa cidade. É muito importante que a Marinha e a prefeitura trabalhem juntos para que essa memória nunca deixe de existir. Queremos intensificar as nossas histórias para os alunos da rede municipal. Manter o monumento em homenagem aos náufragos do Aquidabã é uma forma de ensinar aos jovens e manter a história viva – falou Conceição.
O monumento foi construído em 1913 e fica localizado na Ponta Leste, na enseada de Jacuecanga, a 16Km da BR-101. O acesso se faz por estrada asfaltada, através da Vila da Petrobrás.
O Encouraçado Aquidabã era um dos navios mais avançados da época. Tinha 93 m de comprimento por 17 m de largura e motores a vapor de 6.200hp. Possuía quatro canhões de 9 polegadas, quatro canhões de 5 polegadas, 16 metralhadoras e cinco tubos para lançamento de torpedos. Teve participação ativa durante a Revolta da Armada e depois ficou fora de ação por um tempo. Voltou à atividade em 1897.