quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Estiagem compromete abastecimento de água



O longo período de estiagem está preocupando a direção do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Angra dos Reis (Saae). Nesta quarta-feira, 29, o presidente da autarquia, Mario Márcio da Costa, visitou a barragem da Verolme, em Jacuecanga, e constatou o nível baixo do reservatório. Essa barragem é responsável pelo abastecimento de toda a região da Jacuecanga e da Praia do Machado, com profundidade de 9 metros em sua parte mais funda e capacidade para aproximadamente 3600 m³ de água.. No local, a água passa diretamente para o sistema de tratamento e vai para o reservatório do bairro, que tem capacidade de acumular até 3900 m³ de água, para ser distribuída.

Devido à estiagem, o manancial está quase vazio, acumulando menos de 10% do volume total de sua capacidade. Essa situação faz com que o volume de água ofertado pelo Saae na região não seja suficiente para atender a toda a demanda da população.

Para evitar o colapso no abastecimento, os servidores do Saae estão realizando uma operação de manobra de água da barragem da Caputera, por uma adutora, para o reservatório da Jacueganga. Sem essa operação, o abastecimento já teria sido interrompido nos bairros há alguns dias.

Enquanto a chuva não chega, o Saae chama a atenção para a importãncia do uso da água com economia. O Serviço de Água esclarece que não bastam um ou dois dias de chuva para resolver o problema. É necessário um volume maior para que o sistema se recomponha. A diretoria do Saae pede a compreensão e a colaboração da população, para que se evite o desperdício e que se dê mais atenção à questão da reserva individual nas casas e comércios, com a instalação de caixas d’água e cisternas.

Segundo o presidente do Saae, o problema de abastecimento só vai ser regularizado nesta região com a chegada do próximo período chuvoso. Desde o ano passado, o Saae tem realizado diversas ações para aumentar a oferta de água, inclusive com a limpeza e a ampliação de reservatórios mas, todas essas ações dependem eminentemente da oferta de água.

— A situação está crítica, principalmente, nos mananciais do município localizados entre a Japuíba e Garatucaia, que têm capacidade limitada de produção de água e dependem fortemente da chuva — alerta Mario Márcio.