Foi realizada nesta quinta-feira, 19, pela Comissão de Minas e Energia em Brasília, uma audiência pública para discutir a questão da ampliação do do Terminal de Petróleo da Baía da Ilha Grande (Tebig), localizado na Ponta Leste, em Angra dos Reis
A intenção é levar à Câmara Federal, a reivindicação do município para que o Tebig seja ampliado.
Diversas autoridades angrenses estiveram presentes. O vereador Leandro Silva e demais parlamentares representaram a Câmara Municipal de Angra dos Reis. Os deputados, Marcelo Matos (PDT) e Fernando Jordão (PMDB), entre outros, também participaram ao lado do prefeito angrense Tuca Jordão.
O Secretário Estadual do Ambiente, Carlos Minc, porém, não compareceu ao evento e também não enviou representante. Júlio Bueno, que recentemente esteve em Angra acompanhando o Governador Sérgio Cabral em uma inauguração,, também não compareceu, porém, enviou dois representantes.
A Câmara Municipal de Angra dos Reis, Dr expôs os motivos sociais, ecológicos e econômicos para que a ampliação do TeBIG seja realizada, ao invés da construção de um novo terminal na Praia do Jaconé, em Maricá. Um destes motivos é o alto investimento, á que sai muito mais caro a construção de um novo terminal do que a ampliação do já existente em Angra.
Tanto a Prefeitura quanto a Câmara destacaran a importância do TeBIG para a economia do município e questionaram sobre o cancelamento da licença para que aconteçam operações Ship-to-ship em Angra dos Reis. De acordo com a PMAR, em caso de desativação do Tebig, toda a economia do município pode sofrer um colapso. A arrecadação municipal poderia ter uma queda de até 60%. Outra consequência da queda na movimentação do Tebig, em poucos anos, seria a exclusão de Angra da Zona de Produção Principal de petróleo, o que representaria perda de até 90% dos royalties. Dos atuais R$ 84 milhões anuais, a cidade passaria a receber pouco mais de R$ 12 milhões.
O diretor da Transpetro, Cláudio Campos, também presente, expôs detalhes técnicos do projeto de ampliação do Tebig. A participação do representante da empresa demonstrou que a Transpetro e a Petrobras, são favoráveis a ampliação do terminal por ser mais viável, já que a construção de um novo terminal não sairia por menos de R4 5 bilhões, enquanto que a ampliação ficaria em torno dos R$ 3,5 Bilhões.
O vereador Leandro Silva, que tem participado de todas as discussões referentes ao Tebig observou um “jogo de empurra-empurra” com relação as responsabilidades:
- O Governador Sérgio Cabral diz que a ampliação do terminal depende da decição de seu Secretário do Meio Ambiente, Carlos Minc, já o Minc, sequer compareceu à audiência, mas joga a responsabilidade em cima de Cabral e quem perde com isso são os nossos munícipes. O que queremos é uma solução e como vimos, a ampliação do terminal vai ser muito mais vantajoso e econômico do que a construção de um novo em outra cidade - destacou o vereador.
Vale lembrar que o Tebig,representa uma expressiva fonte de recursos para Angra, através do repasse de ICMS e a ampliação visa o aumento de sua capacidade produtiva para adequá-lo à elevação da quantidade de petróleo que é exportado pelo país e à demanda da exploração do pré-sal. Graças à movimentação de petróleo do terminal, Angra é o município que mais exporta no Brasil
